Nos últimos anos, um movimento silencioso e eficaz vem transformando a forma como se pratica o Direito no Brasil: a desjudicialização. Para advogados, especialmente os jovens e recém-formados, entender esse conceito e a advocacia extrajudicial se torna essencial para se manterem relevantes e alinhados às novas demandas do mercado. Mas o que exatamente significa desjudicializar e como isso afeta o dia a dia da advocacia? Desta forma, compreenderemos a seguir por que a resposta para o questionamento “Desjudicialização: O futuro da advocacia está fora do Judiciário?” é positiva.
Desjudicialização: O Futuro da Advocacia está Fora do Judiciário?
O que é Desjudicialização?
A desjudicialização transfere certos processos, tradicionalmente resolvidos no Judiciário, para a esfera extrajudicial, ou seja, fora dos tribunais. Questões que antes demandavam anos de trâmite processual hoje encontram solução por meio da mediação de cartórios ou de acordos extrajudiciais.
Diante disso, advogados, reflitam: por que esperar longos prazos judiciais se é possível resolver de forma rápida e eficaz questões como inventários, divórcios ou usucapião diretamente em cartório? A advocacia extrajudicial oferece um caminho mais ágil, menos oneroso e, muitas vezes, mais satisfatório para as partes envolvidas.
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Com efeito, cumpre-nos destacar as vantagens da desjudicialização, o que passaremos a fazer a seguir.
As Vantagens da Desjudicialização
Como vimos, a desjudicialização cresce a cada dia, pois traz inúmeras vantagens tanto para o advogado quanto para a sociedade. A começar pela celeridade. Processos que demorariam anos nos tribunais encontram solução em meses ou até semanas no âmbito extrajudicial. Isso proporciona maior previsibilidade e eficiência, além de aliviar o já sobrecarregado sistema judiciário.
Certamente, outra vantagem envolve a redução de custos. Litígios judiciais geram uma série de taxas e honorários que podem tornar a busca pela justiça inacessível para muitos. Na esfera extrajudicial, esses custos são significativamente menores, permitindo que mais pessoas tenham acesso a soluções jurídicas.
Contudo, o advogado continua desempenhando um papel fundamental nesse processo. Afinal, mesmo fora dos tribunais, as questões legais demandam o acompanhamento de um profissional qualificado, que orienta as partes, elabora documentos e garante o cumprimento de todos os requisitos legais. Aliás, a desjudicialização não elimina o papel do advogado; ao contrário, transforma-o em um facilitador de soluções mais rápidas e eficazes. Descubra Como começar a atuar na advocacia extrajudicial?
Como a Advocacia Extrajudicial está Conquistando Espaço
Nesse ínterim, quando iniciamos esse post com o questionamento “Desjudicialização: O futuro da advocacia está fora do Judiciário?” tínhamos em mente que muitos ainda associam a advocacia ao tribunal; apesar disso há uma crescente percepção de que os advogados também podem ser agentes de pacificação social, trabalhando para resolver conflitos de forma menos adversarial.
Analogamente, assim como um médico busca a cura de seus pacientes, o advogado, na advocacia extrajudicial, atua como um mediador de interesses, buscando sempre o melhor resultado para todas as partes envolvidas, com o bônus de tal resultado ser alcançado de maneira mais célere e enconômica.
Portanto, essa mudança de paradigma está alinhada com um mundo em constante transformação. O mercado jurídico, que anteriormente valorizava o litígio, está agora se abrindo para a advocacia preventiva e consensual. Para os jovens advogados, esta é uma oportunidade única de se especializar em uma área promissora e em plena expansão. Leia mais sobre a Advocacia Extrajudicial – A Lógica desse oceano azul.
Quais Áreas se Beneficiam da Desjudicialização?
Atualmente, várias áreas do Direito estão sendo beneficiadas pela desjudicialização. Entre elas:
- Inventários e Partilhas: Antes resolvidos exclusivamente na via judicial, agora podem ser realizados diretamente em cartório, desde que haja consenso entre as partes e não haja menores envolvidos.
- Divórcios: Divórcios consensuais podem ser realizados extrajudicialmente, garantindo mais agilidade e menos burocracia.
- Usucapião Extrajudicial: Com o advento do novo Código de Processo Civil (LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015.), bem como do Provimento nº 149 do CNJ, a regularização de propriedades por meio de usucapião também pode ser feita sem a necessidade de ação judicial, facilitando a vida de muitos brasileiros.
Conforme essas áreas continuam a evoluir, a advocacia extrajudicial se torna ainda mais indispensável. Para advogados que buscam inovar e se destacar, é fundamental estar atualizado com essas novas tendências e, sobretudo, adaptar-se ao novo cenário jurídico.
Conclusão: Desjudicialização: O futuro da advocacia está fora do Judiciário?
Diante de todo o exposto, pode-se concluir que, eventualmente, a desjudicialização não se tornará apenas uma alternativa, mas sim uma regra em muitas áreas do Direito. E, embora a via judicial ainda seja necessária em alguns casos, é inegável que a advocacia extrajudicial veio para ficar. O papel do advogado nesse novo cenário é essencial, não apenas como representante de seu cliente, mas como um verdadeiro solucionador de problemas, evitando conflitos sempre que possível.
Então, se você é um jovem advogado ou recém-formado, é hora de repensar suas estratégias e considerar a advocacia extrajudicial como uma possibilidade real de crescimento profissional. Afinal, a desjudicialização é um caminho sem volta, e quem se adaptar agora estará à frente das futuras demandas do mercado jurídico.
Quer saber mais sobre desjudicialização e como aplicar isso no seu dia a dia? Entre em contato pelo email: contato@priscilajaragomes.com.br ou pelas redes sociais @priscilajara.
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